LACAGEM

Na lacagem a pó, uma resina termoplástica ou termoendurecível (poliéster, epóxi, poliuretano, acrílico, etc.), inicialmente na forma de um pó, é aplicada ao substrato, carregado eletricamente, através de pulverização com deposição eletrostática. Depois de pulverizados e cobertos com o pó, os materiais são curados a uma temperatura elevada e a um tempo definido. O pó polimeriza, levando a um acabamento duro e resistente.

LACAGEM

13.000mm (C) x 2.250mm (L) x 2.800mm (A)

Capacidade até 4.000kg/un

VANTAGENS DA LACAGEM

Maior segurança e limpeza. Uma vez que não são utilizados solventes, o risco de incêndio e de outros acidentes é reduzido. Não se utilizam materiais perigosos no processo ou em limpezas, tornando a eliminação de resíduos muito mais fácil.

Mais sustentável. Os revestimentos lacados são 100% orgânicos e não utilizam compostos orgânicos voláteis (COV) ou metais pesados tóxicos. Há uma taxa muito elevada de aproveitamento da tinta em pó, com pouco material sobrante, que é reciclável.

Mais fácil de utilizar. As tintas em pó podem ser aplicadas diretamente a partir da embalagem, uma vez que não há necessidade de mistura ou de diluição com solvente. A deposição do pó não produz gotas ou escorrimentos superficiais, o que permite obter facilmente camadas com espessuras mais elevadas (até 120 µm). Não há um período de estabilização ou endurecimento: uma vez curados e arrefecidos, os materiais estão prontos a embalar, expedir e utilizar. Por conseguinte, é possível fazer processamentos mais rápidos, seja com camada única, seja com esquemas multicamada.

Aplicável a todo o tipo de estruturas, das mais finas e leves às mais robustas e pesadas. As peças devem ser completamente aquecidas até ao seu interior, para que a temperatura da superfície seja suficientemente elevada para curar o revestimento em pó e assim obtermos as características pretendidas. 

O PROCESSO

PREPARAÇÃO DE SUPERFICIE

A preparação da superfície é determinante para assegurar a correta aplicação do esquema de pintura e o resultado final do mesmo. Na Eurogalva podemos fazê-lo de diferentes formas ou através do somatório de mais do que uma forma:

  • Decapagem mecânica: Quando o estado e grau de oxidação da superfície o justificam, o aço negro passa por uma decapagem mecânica que procura remover qualquer tipo de calamina e óxidos existentes na superfície dos materiais a lacar, utilizando granalha de aço. O grau de preparação de superfície solicitado pelo cliente (ou escolhido pela Eurogalva) é atribuído de acordo com a norma ISO 8501-1. A rugosidade da superfície após a decapagem mecânica é determinada de acordo a norma ISO 8503-5. A avaliação das poeiras sobre a superfície, no caso de os materiais não serem submetido a um pré-tratamento químico, deve ser realizada de acordo com a norma ISO 8502-3, não devendo exceder a classe 1.
  • Despolimento: Para o aço galvanizado por imersão a quente, aço inox e alumínio, a preparação da superfície pode consistir num despolimento manual. Esta tarefa, extremamente minuciosa, consiste na remoção de imperfeições resultantes dos processos adjacentes e consequente uniformização da superfície. No caso de superfície de aço galvanizado, uma fina camada do revestimento de zinco é removida, contudo as espessuras mínimas e médias definidas na norma ISO 1461 são preservadas.
  • Foscagem: Dependo do estado da superfície, em alguns casos, para o aço galvanizado por imersão a quente, aço inox e alumínio, a preparação da superfície pode consistir numa preparação/limpeza mais aprofundada/agressiva e, como tal, recorre-se à foscagem. Trata-se de uma decapagem mecânica ligeira manual, feita com óxido de alumínio e a baixa pressão.
  • Pré-tratamento químico: A execução do pré-tratamento químico depende do serviço pedido pelo Cliente e do estado de limpeza da superfície. Este consiste em quatro etapas:

a) Desengorduramento/fosfatação;
b) Lavagem com água de rede industrial;
c) Passivação isenta de crómio (VI)
d) Lavagem com água desmineralizada.
Todas estas etapas são efetuadas em cabina, por projeção manual, recorrendo a um equipamento de alta pressão.
Esta operação poderá não ser necessária, dependendo da apresentação da superfície após o pré-tratamento mecânico ou o seu estado inicial.

  • Secagem: Esta etapa permite garantir a secagem do material proveniente do processo de pré-tratamento químico, antes da aplicação da tinta a pó. O tempo mínimo de permanência na estufa é de 10 minutos, a uma temperatura de 80°C, aproximadamente.

PINTURA

  • Aplicação de tinta em pó: Antes da aplicação da tinta em pó, a temperatura da superfície dos materiais é verificada, devendo ser sempre pelo menos 3°C superior à temperatura do ponto de orvalho, de acordo com a diretiva Qualisteelcoat. Da mesma forma, a humidade relativa não deve exceder os 85%. A tinta em pó é carregada negativamente e projetada nas peças através de pistolas eletrostáticas manuais, alimentadas por ar comprimido seco.
  • Polimerização – Cura: Após a aplicação de cada camada de tinta em pó, os materiais são colocados no forno de polimerização a combustão direta, que se encontra à temperatura aconselhada pelo fornecedor da tinta, aí permanecendo durante o tempo suficiente para ocorrer a cura completa da tinta. O tempo de cura e a temperatura a utilizar para cada uma das camadas respeitam as especificações do esquema de revestimento.

Da receção à expedição dos materiais